| Resumo: | Este estudo teve como objetivo caracterizar fenotipicamente a população de leveduras do gênero Candida na cavidade oral de lactentes em alimentação artificial e aleitamento materno e mamas de suas nutrizes. Foi possível demonstrar a presença de leveduras do gênero Candida em 35 por cento dos 157 lactentes. Entretanto, quando distribuídos em três grupos distintos: seio materno exclusivo (SME), alimentação mista (AM) e artificial (AA), foi verificada esta frequência por meio de dois aspectos: isolamento de leveduras do gênero Candida na cavidade oral de lactentes que receberam leite materno, SME e AM, 35 por cento e AA, 67,2 por cento (p<0,005) e os que utilizaram mamadeiras (67,3 por cento) ou não (32 por cento). O estudo contou também com 122 mulheres lactantes (mães dos neonatos em SME e alimentação mista) e 30 mulheres não lactantes como grupo controle. Nestes grupos, foi possível observar uma frequência de isolamento in vitro de leveduras do gênero Candida nas mamas das lactantes de 32,8 por cento e 13,3 por cento respectivamente. Tanto na cavidade oral dos lactentes como nas mamas das lactantes, Candida albicans foi a espécie mais frequente. Neste estudo foi observada associação entre o uso de chupetas e colonização oral por leveduras do gênero Candida. Dos 40 lactentes que a utilizaram, foi possível demonstrar colonização em 70 por cento. Outros fatores predisponentes avaliados foram: higienização da cavidade oral e lactentes que receberam beijo na boca; ambos demonstraram diferença estatística significante, p< 0,01e p< 0,02 respectivamente. Nas lactantes, o uso de protetores de seios, demonstrou ser fator predisponente (OR=2,4) à colonização e infecção das mamas por leveduras do gênero Candida. Ao relacionar a identidade fenotípica das leveduras do gênero Candida isoladas na cavidade oral dos lactentes com as isoladas nas mamas de suas nutrizes, foi verificada uma semelhança significativa de 69,2 por cento.^iptThis study aimed to characterize phenotypically the population of Candida genus yeasts in the oral cavity of infants on artificial feeding and breastfeeding, and from the breasts of their mothers. We demonstrated the presence of Candida genus yeasts in 35 percent of 157 infants. However, when divided into three groups: exclusive breastfeeding (EBF), mixed feeding (MF) and artificial (AF), one can verify the frequency by two aspects: isolation of Candida genus yeasts in oral cavity of infants receiving EBF and MF, 35 percent and AF 67,2 percent (p <0,005), and those using baby bottles (67,3 percent) or not (32 percent). The study also included 122 lactating women (mothers of newborns in EBF and MF) and 30 non-lactating women as a control group. In these groups, we observed a frequency of in vitro isolation of Candida genus yeasts from breast of lactating women in the 32,8 percent and 13,3 percent respectively. In both oral cavity of infants and breast of lactating women, Candida albicans was the most common isolated yeast. In our study, there was an association between the use of pacifiers and oral colonization by Candida genus yeasts. Of the 40 infants who used pacifiers, it was possible to demonstrate colonization in 70 percent. Other predisposing factors were evaluated: oral hygiene and infants who received mouth kissing, and both showed a statistically significant difference, p <0,01 and p <0,02 respectively. In infants, the use of breast pads, proved to be a predisposing factor (OR = 2,4) to colonization and infection of the breasts by Candida yeast genus. By relating the phenotypic identities of Candida yeasts genus isolated in the oral cavity of infants with the ones isolated from the breasts of their mothers, there was a similarity of 69,2 percent.^ien.
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